"Decifra-me ou te devoro!"

Conta um mito grego que a esfinge de Tebas lançava a todo viajante que passava pela cidade um enigma.  Aquele que não a respondia corretamente, pagava com a própria vida.  A criatura perguntava ao transeunte "qual era o animal  que tinha quatro patas pela manhã, duas pela tarde e à noite tinha três patas".  Caso errasse. era devorado pela criatura.

A resposta à pergunta da Esfinge dependia do autoconhecimento do desavisado, pois a resposta à  sua charada era o prório homem: em sua infância (manhâ) como um bebê, o homem/mulher engatinha, usando as duas pernas e mãos para se locomover. Na vida adulta (tarde)  usa apenas seus membros inferiores para caminhar. E na velhice (noite),  além das pernas, usa como apoio uma bengala.

Refletindo sobre o mito e seus simbolismos, à alusâo trata-se da necessidade de nos conhecermos profundamente. Em relação a este aspecto, permito-me a liberdade de traçar um paralelo com a contribuição que a cartomancia terapêutica pode trazer para a compreensão de si mesmo àqueles que a procuram. A leitura de cartas de baralho Lenormand e de tarô não se reduz àpenas aos aspectos tradicionais divinatórios, mas também a análise  que o consulente é levado a realizar dos processos  internos e externos que delinearam o contexto da sua vida até aquele momento (sejam eles frutos do passado ou do presente), assim como, o entendimento das consequências futuras que poderão acarretar em sua vida se não houverem mudanças/ou permanências de determinados padrões de  pensamento e comportamento.   

Desta maneira, o Enigma da esfinge - conjuntamente com a cartomancia Terapêutica - revela-se uma fonte profícua de reflexão sobre a necessidade de buscarmos o  autoconhecimento  e o conhecimento inerente a todas as coisas que cercam a vida humana, a fim de não sermos devorados , com base na analogia do mito, pela ignorância, desconhecimento e obscurantismo de uma vida mediocre e sem sentido.